No meio religioso, é muito comum
associar o fatalismo com a chamada vontade de Deus, dando ênfase a afirmação de
que "nenhuma folha cai sem que haja a permissão de Deus", porém
deixando de lado o fato de que, segundo os próprios religiosos, a condição para
se tornar um adepto de sua religião seja necessariamente tomar uma decisão
pessoal e intransferível de crer e seguir a sua doutrina. Logo, se esta decisão
é personalíssima e considerada fundamental, do que seríamos vítimas a não ser
de nossas próprias escolhas? Sendo assim, a existência de uma vontade divina em
nenhuma hipótese anularia a capacidade e autonomia que os seres humanos têm de
cometerem acertos e erros.
Fazemos escolhas e colhemos as
consequências de cada uma delas, somos autores e não vítimas. Temos a liberdade
de escolher e a responsabilidade de arcarmos com as suas respectivas
consequências. Escolhemos no presente e colhemos no futuro. Assim, você pode
prever o seu futuro, olhando para o que você está plantando agora. Você pode
mudar o seu futuro, mudando as suas escolhas neste exato segundo.
Pra não ficarmos apenas na
filosofia, vamos para algo um pouco mais concreto:
Qual tem sido a sua escolha,
MELHORAR de vida ou MUDAR de vida?
MELHORAR é manter-se conectado a
um conceito antigo, apenas criando melhores condições para continuar vivendo no
mesmo status quo.
MUDAR é romper com o velho em
busca do novo. É colocar o insatisfatório a perder em troca da satisfação
futura, porém sem garantias.
MUDAR é a essência do
empreendedorismo. Já que não somos vítimas, temos escolha e o livre arbítrio
para conquistarmos o que desejamos, quem quer algo novo, precisa ter a coragem
de colocar em jogo o velho. Eu disse CORAGEM!
Neste quesito, não dá pra ficar
em cima do muro. Agarrar-se ao velho seria sinônimo de abrir mão do novo. E a
consequência dessa escolha acarretaria passar toda a vida na mesma condição,
lamentando-se porque não ousou, não correu riscos e não rompeu com o velho,
porque fez concessões quando ainda era jovem e acabou dando no máximo uma
melhoradinha, uma perfumada no cocô. Diga-se de passagem, quanto mais se
perfuma o cocô, mais ele fica fedorento...
Mas o que é ainda mais nojento do
que o próprio cocô fedorento é o péssimo hábito de fazer-se de vítima, depois
de todas as escolhas equivocadas feitas durante toda uma vida, dizer que viveu
de forma medíocre porque essa foi a vontade de Deus...
Isso eu chamo de fatalismo
místico, conveniente e hipócrita.
Pense com carinho.
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